Garis do Rio de Janeiro entram em greve por reposição salarial

Segundo sindicato da categoria, serviços essenciais são mantidos

Por Redação, Agenda News

Publicado em 29/03/2022 18h09 - Atualizado em 29/03/2022 18h09

Garis do Rio de Janeiro entram em greve por reposição salarial © Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Trabalhadores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) estão em greve desde a tarde de ontem (28). Os garis reivindicam reposição de 25% das perdas salariais, pagamento do adicional de insalubridade para determinadas funções e conclusão do plano de cargos, carreiras e salários. O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio de Conservação (Siemaco) assegura que estão mantidos os serviços essenciais, tais como a limpeza de hospitais, escolas e das feiras livres.

"Nossa categoria está sem receber qualquer reajuste há três anos, sem no entanto ter deixado de socorrer a população, na limpeza e asseio da cidade, inclusive das unidades hospitalares, mesmo em meio à pandemia de covid-19, expondo-se diariamente no cumprimento de sua imprescindível missão profissional. Este é, portanto, o momento de um reconhecimento por parte da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e da direção da Comlurb, sobretudo quando se leva em conta que a reivindicação da categoria nada mais é do que a reposição da inflação do período", diz comunicado do sindicato.

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Congelamento

De acordo com a entidade, os salários estão congelados desde 2020 e seria necessário um reajuste de 25% para cobrir a inflação dos últimos três anos. A proposta de 5% oferecida pela direção da empresa, menos da metade do índice inflacionário dos últimos 12 meses, foi recusada em assembleia.

As negociações vêm se arrastando desde o início do mês. Há cinco dias, os garis aprovaram a greve em assembleia. Inicialmente, ela estava prevista para se iniciar às 0h de ontem (28). No entanto, a pedido da direção da Comlurb, a desembargadora Edith Tourinho, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), concedeu uma liminar considerando a paralisação abusiva, uma vez que foi chamada quando as partes ainda buscavam evoluir nas tratativas. Ela proibiu a deflagração da greve, fixou uma multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento e agendou uma audiência de conciliação para as 11h de ontem (28).

Os garis recuaram em um primeiro momento e aguardaram o encontro. Mas como não houve acordo, o movimento grevista se iniciou após a audiência. Em nota, a Comlurb lamentou a decisão da categoria e sustenta que ela é ilegal. A Comlurb informou que ficou acordada uma próxima audiência de conciliação no TRT-RJ para quinta-feira (31), às 11h.

Fonte: EBC



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