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Educação | Terça-feira

Cyberbullying e o impacto na educação a distância  

Por Maria Angela Gomes, Agenda News

Publicado em 17/08/2021 17h00

Cyberbullying e o impacto na educação a distância    Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
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Entre todos os amigos existe um espaço para brincadeiras, não é mesmo?! No entanto se uma brincadeira magoar uma pessoa, ofender, tiver qualquer conotação racista, homofóbica, machista ou até mesmo assediadora, pode ser considerada bullying. Essa é em tese e de forma resumida a abordagem que professores e profissionais da educação utilizam para explicar a crianças e adolescentes o conceito de bullying. Agora imagine que após o início da pandemia o contato feito entre crianças e adolescentes, que já era extremamente direcionado ao mundo virtual, tornou-se exclusivamente virtual e o bullying praticado presencialmente em uma roda com algumas pessoas agora se praticado pelas redes sociais é acompanhado por milhares. Consegue imaginar os impactos dessas atitudes? É o que chamamos de cyberbullying; o bullying praticado nos ambientes virtuais.

Antes mesmo das escolas adotarem como medida de segurança para contenção da covid-19 a educação a distância, os impactos da tecnologia e das redes sociais na formação de crianças, jovens e até mesmo adultos era tema de pesquisa, de preocupação por parte de pais e profissionais, de reflexão. Após a extrema utilização da internet durante o período de quarentena é imprescindível que agora, mais do que nunca, comecemos a falar sobre esse assunto. O cyberbullying tem uma relação direta com a falsa sensação de que escrevendo por trás de uma tela o cidadão não é observado. Muitas vezes aquele que pratica o cyberbullying jamais teria coragem o suficiente para expressar tal opinião frente a frente com a vítima, portanto, não existe outra forma de combater o cyberbullying senão falando sobre ele, trazendo a toda seus efeitos e levando a conscientização.

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A conscientização precisa ser feita em três pontos fundamentais: a vítima, as pessoas que cometem violência e aos órgãos públicos. A vítima no sentido de conhecer seus direitos e como podem buscar ajuda legal e psicológica. A conscientização em pessoas que praticam a violência mostrando que existe uma penalidade para seus atos e um custo social, afinal, todos nós perdemos com qualquer forma de violência. Por fim, aos órgãos públicos que precisam acolher as vítimas em diversos casos, afinal, o cyberbullying deixa um rastro digital que pode ser útil e fornecer indícios para ajudar a dar fim ao abuso.

Agora, se você já foi ou é vítima de cyberbullying precisa saber que a culpa não é sua e é importante que não confronte virtualmente as agressões pois não sabemos com quem estamos falando. O cyberbullying pode e deve ser denunciado aos órgãos competentes para ser combatido. Construir um futuro com respeito a diversidade, com espaços democráticos físicos ou virtuais é um trabalho duro que depende de todos.



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Maria Angela Gomes

Maria Angela Gomes

Petropolitana, professora de História, mestranda em História Social e atua na área de educação há 04 anos com reforço escolar e educação multidisciplinar. Redes Sociais: Facebook Instagram