Maria Angela Gomes
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Educação | Terça-feira

Homeschooling: As opiniões mudaram com a pandemia?

Por Maria Angela Gomes, Agenda News - Petrópolis

Publicado em 02/03/2021 15h54 - Atualizado em 02/03/2021 15h54

Homeschooling: As opiniões mudaram com a pandemia? Homeschooling - Ilustrativa
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Como sabemos, a crise da educação no Brasil não é resultado da pandemia, contudo, o que podemos afirmar é que a pandemia agravou e ressaltou o que há muito tempo se vem abordando em discussões sobre as mazelas do nosso sistema educacional, bem como: ingerência de pais, desvalorização de professores, indisciplina. Justamente por conhecer todas as falhas no sistema educacional, muitos pais adotam um discurso chamado “homeschooling”, que traduzido significa “estudar em casa”, ou seja, o método consiste basicamente em uma educação domiciliar. Esse movimento existe há décadas em diversos países, como Estados Unidos, França, Reino Unido, Irlanda e Austrália e vale destacar que não é apenas o baixo nível educacional que motiva os pais a educarem seus filhos em casa, mas também e principalmente, razões de ordem religiosa e oposição aos valores ensinados nas escolas. Como complemento existe também o discurso acerca da dificuldade de deslocamento e a falta de vagas em boas escolas. Nossa intenção, no entanto, não é questionar o movimento do “homeschooling”, é questionar se esse movimento, que aqui no Brasil ganhou força nos últimos anos, ainda é uma alternativa, afinal, experimentamos um pouco da educação em casa de maneira involuntária durante a pandemia.

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Antes do isolamento social, especialistas já alertavam para o perigo do “homeschooling” em relação a sociabilização. A escola não é apenas um lugar em que se repassam informações, mas também onde são transmitidos todos os tipos de valores, onde se aprende a dialogar com diferentes comportamentos, crenças, maneiras de ver o mundo. Esse diálogo entre a diversidade compreende-se como algo proveitoso a formação do cidadão, mas, para alguns pais estar fora do controle sobre as interações, que podem sim, ser bastante desastrosas e traumáticas, como o bullying, por exemplo, é inadmissível.

 

Não sei se seria correto afirmar que o ano de 2020 foi um experimento de “homeschooling”, mas sim, um experimento do que seria uma sociedade sem as amarras da escola tradicional. Podemos continuar afirmando categoricamente o que já afirmávamos antes da pandemia: o papel da escola sempre esteve além da informação, sempre esteve além das letras e números e até mesmo seus desafios, suas mazelas, suas lutas, servem de combustível para a formação de seus estudantes. A escola (e leia-se aqui não a estrutura de paredes, mas seu corpo de alunos, professores, equipe), ainda que com todas as falhas, tem um papel de destaque importantíssimo na formação de cada um, assim como a família. Nenhuma etapa é substituível, nenhum de nós é indispensável para educação. Juntos, somos melhores.



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Maria Angela Gomes

Maria Angela Gomes

Petropolitana, professora de História, mestranda em História Social e atua na área de educação há 04 anos com reforço escolar e educação multidisciplinar. Redes Sociais: Facebook Instagram





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