Pop Fun: Seja bem-vindo, Roberto ! Tudo bem? Muito obrigado por nos atender.
Roberto Sadovski: É um prazer estar com vocês, e poder falar daquilo que nos une, que é a cultura pop. Tão rica e singular, mas que nos encanta e nos aquece o coração.
PF: Invertendo a ordem das perguntas, gostaria de começar com algo inusitado.
RS: Claro! Manda ver.
PF: Qual a pior produção que você já teve de testemunhar e avaliar com uma nota de crítico?
RS: Olha, é uma pergunta frequente, mas que nunca sei como responder, pois mesmo tendo que assistir à um filme ruim como Mulher-Gato (2004) em Los Angeles, e olha que é ruim, eu fiz uma excelente entrevista com o diretor (Pitof), além da Halle Berry e Sharon Stone, não tinha como como ser ruim essa situação. E o papo com ele foi muito bom! Então, não consigo de fato trazer à mente algo pavoroso que eu tenha tido que desqualificar. Mesmo porquê, não consigo ter uma lista dos piores e jogar holofotes neles, pois eu sou um jornalista antes do crítico, e até um filme ruim pode render uma boa matéria, como o caso de Mulher-Gato.
PF: Adaptações de games para as telonas: qual você classifica como a de melhor e a de pior nota?
RS: Curiosamente, escrevi há algum tempo, que não deveríamos ter mais adaptações de games para o cinema, porque, como os jogos já têm equipes próprias de roteiristas, a adaptação prejudica a história, com a necessidade de omitir certos elementos distintos. E, sempre terão os críticos da omissão, bem como, os da adaptação correta, que dirão ser mera cópia do game. Por quê ver o filme se jogo? É um jogo que independente de tudo, perde para os próprios fãs.
Eu adoro a série Resident Evil, mesmo sabendo que são de doer, mas, me divertem, e eu vi todos. (risos) Bizarramente, gostei de Detetive Pikachu mais do que devia, assim como Sonic. Piores, entram na conta do Uwe Boll (diretor alemão): Em nome do rei (2007), Alone in the dark (2005) e outros. Ele é um péssimo diretor, mas tinha acesso à verbas de financiamento. Mas, os filmes ruins, você junta os amigos online, e se divertem vendo e rindo deles.
PF: Mudando a temática; Wes Anderson: como classificar o diretor e suas obras?
RS: Um gênio inegável. Ele tem uma coisa única que poucos têm hoje em dia; ele é dono de uma assinatura visual singular. Basta bater os olhos na tela, e sabemos que é um filme dele. Apesar de muitos criticá-lo por uma repetição no jeito de filmar, não vejo nada de errado em repetição. Eu adoro Ramones. E Ramones é repetição na carreira inteira. 1,2,3,4 no punk rock sem firula. Gosto muito da visão de mundo que ele (Wes Anderson) tem. Ele não me decepcionou até hoje. Talvez, A vida marinha de Steve Zissou (2004), seja o filme menos satisfatório dele até aqui, o que não faz ser ruim. Por isso, um gênio bem definido nas obras, a qual não posso esperar a mais recente, The French Dispatch, ganhar uma data de estreia real.
PF: Para encerrarmos com chave de ouro, três frases feitas ou citações do cinema que te marcaram, e por quê.
RS: Hum, deixe-me pensar...
Tubarão (1975): "Vamos precisar de um barco maior." Roy Scheider- Uma fala imortal.
Enigma de outro mundo (1982) : "Vamos ficar aqui, esperando o que vai acontecer." Keith David e Kurt Russell, num final ambíguo, naquele, que, na minha opinião é o maior filme da história do cinema.
E, para fechar: Quanto mais quente melhor (1959): "Eu sou um homem, cara!" Jack Lemmon, onde o amigo apaixonado responde: "Ninguém é perfeito."
Essa última resume a todos nós, onde ninguém é perfeito.
PF: Roberto Sadovski, gostaríamos de agradecê-lo pela oportunidade e o bate-papo conosco, em exclusivo para o Agenda News.
RS: Eu que agradeço pelo convite, tendo sido uma satisfação poder conhecê-los e falar com vocês.
Em breve, uma entrevista exclusiva para o Pop Fun TV. Roberto Sadovski pode ser achado pelo Twitter e Instagram pelo @rsadovski, além de vídeos semanais pelo Splash, e textos no UOL.
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