Dia do Veterinário: profissional alerta sobre intoxicação por petiscos nos animais

Por Redação, Agenda News

Publicado em 09/09/2022 06h47

Dia do Veterinário: profissional alerta sobre intoxicação por petiscos nos animais Divulgação
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Neste dia 09 de setembro é celebrado o Dia do Médico Veterinário. A data foi regulamentada em 1933 pelo então presidente Getúlio Vargas. O profissional  da área vem sendo  cada dia mais requisitado pela sociedade, já que segundo a Abinpet, Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo e é o terceiro maior país em população total de animais de estimação.  

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O profissional de Medicina Veterinária não trabalha apenas em atendimento clínico aos animais de estimação, mas também vem ampliando a atuação de maneira a contribuir, dentre outras, em áreas de pesquisa, saúde pública, controle sanitário e fiscalização de gêneros alimentícios para humanos e animais, de acordo com regras do MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O MAPA, inclusive, nesta semana, suspendeu petiscos da Bassar Pet Food, em que foram encontrados resíduos de monoetilenoglicol. O consumo destes produtos levou cerca de 48 cachorros a óbito, em nove Estados do Brasil, além do Distrito Federal. A Polícia Civil investiga três marcas de petiscos por suspeita de contaminação pela substância: Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar. 

A Médica Veterinária Pamella Machado, que trabalha com ênfase na área de nefrologia e urologia em cães e gatos, na Clínica Amigo Bicho, em Petrópolis, explica que o também conhecido etilenoglicol não é normalmente utilizado em indústria de alimentos. “É uma substância tóxica usada em maquinário e congelamento. Não se sabe ainda como ocorreu essa contaminação, que de acordo com a empresa foi acidental”, relata.

A profissional explica que uma vez ocorrida a intoxicação com a substância, observa-se sintomas como vômito, diarreia, inapetência, falta de apetite, prostração e outras mudanças no comportamento do animal. “O tamanho do animal e a quantidade de substância ingerida também vai fazer diferença na intoxicação. Quanto maior a quantidade, maiores serão os danos e sintomas, além de quanto menor o animal maior vai ser a letalidade do produto para ele”, explica.

Alguns dos principais órgãos acometidos em caso de intoxicação são os rins. “Estes petiscos levaram os animais a fazerem lesão renal aguda. Essa lesão vai provocar vários distúrbios metabólicos no organismo do animal, podendo levar à morte. Existem também outras substâncias que levam à lesão, como venenos, plantas, entre outros”, esclarece Pamella.

Ela ressalta ainda que no caso de envenenamento, não se deve dar nada em casa por conta própria. “Há muitos mitos na internet, como gema, azeite, leite ou óleo. Nenhum destes ingredientes fará com que o animal não seja intoxicado. O correto é levar o animal imediatamente ao médico veterinário para que sejam realizados os procedimentos corretos. Isso também pode fazer a diferença entre a vida e a morte do animalzinho”, alerta.

No mais, é fundamental deixar os pets longe de produtos químicos, plantas tóxicas, lixo e só ministrar alimentos recomendados por um profissional aos animais. “Além disso, utilizar produtos de cães em cães e produtos de gatos em gatos, já que é muito comum em clínica o socorro à intoxicação em gatos porque usou um produto que era para cães. Também é importante não dar medicação por conta própria em casa, principalmente medicamentos humanos”, finaliza.



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