Roberto Jefferson é preso pela Polícia Federal por ordem de Alexandre de Moraes

Por Redação, Agenda News

Publicado em 13/08/2021 10h33

Roberto Jefferson é preso pela Polícia Federal por ordem de Alexandre de Moraes Reprodução/Mídias Sociais
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Policiais federais prenderam na manhã desta sexta-feira (13), o ex-deputado e presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dentro do inquérito que investiga as milícias digitais. Jefferson foi preso na cidade de Levy Gasparian, no Sul do Estado.

Em sua conta pessoal no Twitter, Jefferson comentou a operação da PF: "A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice."

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Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em outros endereços do ex-deputado como a residência da ex-mulher de Jefferson, no Valparaíso, bairro nobre de Petrópolis. Os policiais federais estão atrás de armas, munições, aparelhos eletrônicos como computadores, celulares e tablets; além de mídias de armazenamentos (HDs, pen drives entre outros). 

Além da prisão preventiva (sem data para soltura), Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio das contas nas redes sociais (Twitter) do ex-deputado. Na decisão, o ministro ressalta que o bloqueio é para a “interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às Instituições Democráticas e às eleições, em relação ao perfil @BobJeffRoadKing”.

No texto da decisão, que determinou a prisão de Roberto Jefferson, o ministro considera as publicações do ex-deputado nas redes sociais “ofensivas” e “anti democráticas”. “Identifica-se a vinculação de Roberto Jefferson Monteiro Francisco ao escopo da presente investigação, diante de reiteradas manifestações proferidas por meio de postagens em redes sociais e em entrevistas concedidas, demonstrando aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação especializada ora investigada, focada nos mesmos objetivos: atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização e de ódio; e gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república”, diz a decisão.

Alexandre de Moraes cita ainda as publicações de Jefferson nas redes sociais ocorridas nos dias 18/02, 21/02, 24/05, 23/07, 26/07, 28/07 deste ano, onde o ex-deputado incita a prática de crimes. “incitou, por mais de uma vez, a prática de crimes (invasão ao Senado Federal, agressão a agentes públicos e/ou políticos etc), ofendeu a dignidade e o decoro de Ministros do STF, Senadores integrantes da CPI da COVID-19 e outras autoridades públicas, dizendo “(...) Concentrar as pressões populares contra o Senado e, se preciso, invadir o Senado e colocar para fora da CPI a pescoção (...) E quando a gente vive essa ameaça à ordem institucional pela corrupção, tanto do Supremo, que é corrupto, tanto do Senado, que é corrupto, não há saída”; incitou e induziu a discriminação a pessoas de procedência chinesa,
referindo-se ao embaixador chinês no Brasil como “macaco”, incitou e induziu a discriminação a pessoas em razão de orientação sexual, ao dizer que “(...) LGBT, drogado, traficante, assaltante de banco. (...) Demolição moral da família”,
equiparando a orientação sexual à prática de crimes; tudo em postagens e/ou entrevistas difundidas em meios de comunicação social diversos (youtube, twitter etc.), integrando, desse modo, organização criminosa investigada no âmbito do
inquérito 4874, ao aderir ao dolo e aos objetivos de seus membros”, diz o texto.

O inquérito que investiga as milícias digitais foi aberto em julho de 2020 e é um desdobramento da ação que apurava os atos antidemocráticos. O processo das milícias digitais apura indícios e provas que apontem para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito e que se articularia em núcleos de produção, publicação, financiamento e político. Outra suspeita é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.



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