Por Redação, Agenda News
Publicado em 09/10/2023 19h23
Drª Nathália Ventura, médica especializada em obesidade - Divulgação
Fatores alimentares, emocionais e genéticos são, em sua maioria, precursores para o desenvolvimento da obesidade, doença crônica que atinge mais de um bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Normalmente, caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo, o enfrentamento da doença pode se tornar um desafio, principalmente, para pessoas que vivem em ambientes considerados obesogênicos.
De acordo com a Drª Nathália Ventura, médica especializada em obesidade, os chamados “ambientes obesogênicos”, são promotores ou facilitadores de escolhas alimentares não saudáveis e de comportamentos sedentários, que dificultam a adoção e manutenção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física.
“São locais em que há fácil acesso aos alimentos processados e ultraprocessados, com excesso de açúcares e gorduras. Essa escolha pode acontecer devido ao baixo poder aquisitivo para o consumo de alimentos saudáveis, como também por existir uma grande concentração de estabelecimentos que vendem alimentos pouco saudáveis nas proximidades da casa ou do trabalho do indivíduo. Neste caso, é necessário um cuidado extra, que requer escolhas na hora da alimentação, aliadas às práticas regulares de atividade física e até mudança de comportamento no ato da refeição, eliminando maus hábitos, como assistir televisão ou mexer no celular enquanto se alimenta”, destacou a médica.
Os exercícios físicos também contribuem para a diminuição dos efeitos causados por um ambiente obesogênico. Mas, é importante lembrar que as alterações hormonais, psicológicas e os transtornos alimentares também podem levar o paciente à obesidade, que é precursora de outras doenças, como a hipertensão, colesterol, diabetes e problemas cardiovasculares.
“É extremamente importante que o paciente se conscientize da necessidade de adoção de novos hábitos que, de fato, mudem o estilo de vida. Isso já começa na primeira consulta, quando são avaliados aspectos médicos, sociais, comportamentais e psicológicos, além do nível de ansiedade que a pessoa está exposta. Através do acompanhamento adequado em conjunto com psicólogo, nutricionista e avaliador físico, é possível conseguir a mudança. A utilização de medicamento anti-obesidade, quando necessário, deve ser aplicado de forma consciente e individualizada, levando em consideração todas as questões envolvidas no dia a dia do paciente”, concluiu Nathália Ventura.
Para esclarecer dúvidas sobre obesidade e ambientes obesogênicos, a médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, com informações e dicas para melhorias na qualidade de vida, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente, perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por tratamento.
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