Organizada pelos escritores Vanessa Carolina Wege, Marina Ferreira e Daniel Cruz, Itabira – Pedra Natal reúne, além dos já citados escritores, outros tantos como o jornalista e poeta Christóvam de Chevalier, Luiz Henrique Gurgel, Arlene Miranda e Elys Lopes, só para citar alguns, valendo salientar um dos participantes mais emblemáticos, Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade, que é artista visual, produtor cultural e curador do acervo literário do avô, que contribuiu com três poemas e fez a capa da antologia. Participam, ainda, o genro de Drummond, Manuel Graña Etcheverry, argentino, com um poema traduzido por Edmílson Caminha e a escritora – poeta, ensaísta, cronista, dentre outros – Mariana Ianeli.
O livro Itabira – Pedra Natal foi oficialmente lançado na Flitabira no dia 1º de novembro, com a presença dos organizadores, que encantaram a todos com suas histórias e dizeres. Trata-se de uma antologia poética que celebra a cidade natal de Carlos Drummond de Andrade e que inclui, também, versos do próprio poeta.
Histórias cruzadas
Minha história se confunde com a de Vanessa, que talvez se confunda com outras tantas. Segundo conta em sua nota na antologia, ela queria trocar cartas com alguém para dizer que visitou Itabira. “Lá é como cá, só que diferente. Lá tem tua alma”, acrescenta.
Eu, apaixonada pela obra do poeta desde a infância, influenciada por meu pai, o poeta Fernando Magno, que por quase vinte anos trocou cartas com Drummond, fui a Itabira em 2023 e fiquei impactada. Sentia o poeta pulsando, a cada “telefonema atendido”, a cada madeira rangendo, a cada pedra pelo caminho.
Assim como Luiz Henrique Gurgel, que assina o prefácio, tampouco sou de Itabira. Sequer mineira sou. Definir-me-ia como uma petropolitana com a alma repleta de “uais” e de saudades de um retrato que não vi pendurado na parede, e de histórias que não vivi, mas que ecoam em mim.
Como diz Luiz Henrique, “o fato principal e inusitado é que esta democrática antologia é fruto de uma mescla rara e surpreendente, espécie de amálgama poético casual, que se deu entre Itabira, Drummond, autores e organizadores.”
Sim, com certeza o fio mestre que nos une a todos é o da poesia encontrada em cada sobrado, em cada esquina, em cada história contada por parentes de sangue ou parentes inventados pela paixão dos itabiranos.
A Flipetrópolis
Na Flipetrópolis, teremos uma mesa com a participação desta colunista junto com Christóvam de Chevalier e mediação de Marcelo Fernandes, um dos curadores da Feira Literária e Presidente da Academia Petropolitana de Letras.
Christóvam de Chevalier
Impossibilitado de estar presente por motivo de viagem, Pedro Drummond nos brindará com um vídeo. Será, com toda certeza, mais um momento de celebração da poesia mineira, especificamente da poesia drummondiana.
Ao contrário de João, que amava Teresa, que amava Raimundo, todos nós, participantes da antologia, amamos Itabira e, sobretudo, a poesia de Drummond.
Convidamos, portanto, àqueles que partilham desse sentimento conosco a marcarem presença no Palácio de Cristal, no próximo dia 28, às 16h.
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