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Moda e Comportamento, por Priscila Torquato | Quarta-feira

O amor pode ser destrutivo?

Na semana do Dia dos Namorados vale o alerta sobre relacionamentos abusivos

Por Priscila Torquato, Agenda News - Petrópolis

Publicado em 09/06/2021 10h51

O amor pode ser destrutivo? Dashu83 - Freepik
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Sei que estamos em uma semana em que o comércio nos bombardeia de propagandas com imagens de casais apaixonados, corações e frases de amor. Mas a data também nos faz pensar sobre como nos relacionamos uns com os outros. Você consegue identificar se está vivendo um relacionamento abusivo?

 

Em março o governo federal lançou uma campanha, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para combate à violência contra a mulher em todo o país. Entre as mensagens da campanha, estão: "o amor não causa dor, não causa medo, não deixa trauma ou dívidas". O objetivo é chamar a atenção para as diversas violências físicas, psicológicas e patrimoniais sofridas por mulheres, informou o governo.

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Dados divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher em 2020. Segundo a ministra da pasta, a pandemia de covid-19 foi um dos fatores que provocaram aumento da violência doméstica contra as mulheres.

 

Não é fácil romper um relacionamento de anos com quem se tem laços afetivos fortes, mas não podemos continuar alimentando o ciclo da violência

 

Como identificar se está em um relacionamento abusivo

O ciclo da violência é a forma como a agressão se manifesta em algumas das relações abusivas. Ele é composto por três etapas: a fase da tensão (quando começam os momentos de raiva, insultos e ameaças, deixando o relacionamento instável), a fase da agressão (quando o agressor se descontrola e explode violentamente, liberando a tensão acumulada) e a fase da lua de mel (o agressor pede perdão e tenta mostrar arrependimento, prometendo mudar suas ações). Esse ciclo se repete, diminuindo o tempo entre as agressões e se torna sempre mais violento.

 

Quais os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher?

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006) define cinco formas de violência doméstica e familiar. São elas:

Violência física: ações que ofendam a integridade ou a saúde do corpo como bater ou espancar, empurrar, atirar objetos na direção da mulher, sacudir, chutar, apertar, queimar, cortar ou ferir;

Violência psicológica: ações que causam danos emocionais e diminuição da autoestima, ou que visem degradar ou a controlar seus comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

Violência sexual: ações que forcem a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem que ela queira, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico ou moral;

Violência patrimonial: ações que envolvam a retirada de dinheiro conquistado pela mulher com seu próprio trabalho, assim como destruir qualquer patrimônio, bem pessoal ou instrumento profissional;

Violência moral: ações que desonram a mulher diante da sociedade com mentiras ou ofensas. É também acusá-la publicamente de ter praticado crime. São exemplos: xingar diante dos amigos, acusar de algo que não fez e falar coisas que não são verdades sobre ela para os outros.

 

Como denunciar?

O governo federal oferece os seguintes canais de denúncia:

  • Disque 100
  • Ligue 180
  • Mensagem pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008
  • Telegram, no canal "Direitoshumanosbrasilbot"
  • Site da Ouvidoria do Ministério
  • Aplicativo "Direitos Humanos Brasil" (para iOS e Android)

 

O aplicativo, assim como os apps de troca de mensagem mais populares, permite o envio de fotos, vídeos e áudios. Também há um atendimento aos surdos por meio de chamada de vídeo, em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

 

Buque ajuda se precisar! Se mantenha viva!



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Priscila Torquato é jornalista e consultora de Imagem e Estilo. A ‘Tenha Modus!’ é um espaço democrático, acessível e livre de qualquer forma de rotulação e pré-julgamentos. Aqui falamos da liberdade de ser! De ser você, de ser do seu jeito! Do seu modus! Mídia Social: Instagram





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