Asma: como a ansiedade pode atrapalhar no controle das crises?

Por Redação, Agenda News

Publicado em 22/06/2023 16h06

Asma: como a ansiedade pode atrapalhar no controle das crises? Ilustrativa
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O mês de junho acende o alerta sobre o dia nacional da asma, celebrado na última quarta-feira (21). Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas em 2021, o SUS registrou 1,3 milhão de atendimentos a pacientes com asma na Atenção Primária. A doença é reconhecida como dos problemas de saúde respiratória mais recorrentes no Brasil, atingindo cerca de 23,2% da população, com incidência que vai de 19,8% a 24,9% entre as regiões do País.

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A especialista em fisiologia do exercício, Bianca Vilela, salienta que o problema é crônico, mas que alguns medidas podem auxiliar a conviver bem com a Asma, sem grandes complicações. 

“A doença tem grande impacto na vida do paciente, podendo fazer com que ele tenha dificuldades em questões básicas, como se exercitar, dormir e respirar. O clima frio pode aguçar o problema, por isso é importante estar atento aos fatores que podem desencadear as crises, como exposição ao ar seco, que irritam os brônquios do asmático. Outro ponto importante a se observar, são as condições do ambiente em que se vive, que precisa de atenção quanto a ácaros, pelos de animais e fungos. Os sintomas costumam piorar nas primeiras horas da manhã ou à noite, por isso também é preciso se conhecer e estar pronto para reagir, quando ocorrerem crises a qualquer que seja o momento”, detalha Bianca. 

Um dos pontos que pode prejudicar bastante quem sofre de Asma é a ansiedade, que acaba aumentando as crises. Quem sofre das chamadas “doenças da alma”, pode acabar vivenciando complicações asmáticas, em momentos que o estado emocional não está equilibrado corretamente. Apesar dos estudos sobre a interação de ambas patologias serem recentes, uma pesquisa realizada Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com a Universidade de Newcastle (Austrália), verificou que 24% dos pacientes avaliados no levantamento, apresentavam aumento dos sintomas de ansiedade e depressão. A maior parte deles apresentava asma não controlada, mesmo com o tratamento adequado.

“Não podemos dizer que o estresse e a ansiedade causam a asma. Mas funcionam como gatilhos para quem tem a doença. Quem sofre de asma, já tem tendência natural a ficar nervoso com medo de momentos de crise, quando é preciso uma resposta imediata. No caso da ansiedade, ela prejudica a entrada e saída de ar nos pulmões, o que se relaciona a respiração. Nesse caso, quando o paciente asmático está ansioso, pode ‘ativar’ uma crise, por conta do estado emocional em que se encontra. É importante tentar manter o equilíbrio, controlar o ritmo da respiração e tratar a ansiedade, para que isso não se torne um ciclo vicioso e uma série de crises seguidas sejam vivenciadas”, reforça a fisiologista Bianca Vilela.



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