Incontinência urinária masculina: urologista do Hospital Santa Teresa alerta para os riscos e desdobramentos da doença

Por Redação, Agenda News

Publicado em 11/03/2023 10h37

Incontinência urinária masculina: urologista do Hospital Santa Teresa alerta para os riscos e desdobramentos da doença Ilustrativa
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Ainda considerada um tabu no universo masculino, a incontinência urinária acomete mais de 12% dos homens brasileiros com mais de 60 anos.  O problema, que é caracterizado pela perda involuntária de urina, pode ocorrer em homens e mulheres de todas as idades e apresentar variadas causas. 

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Visando quebrar barreiras e trazer mais informação à população, o coordenador de Urologia do Hospital Santa Teresa, André Sá Earp, explicou que a doença deve ser diagnosticada e tratada com rapidez pois afeta a qualidade de vida e, até mesmo, a esfera social em que o portador vive. Isto porque, as perdas não controladas podem gerar um mal-estar em meio a uma roda de amigos ou em um passeio com a família, por exemplo. Além disso, o desconforto durante a madrugada pode causar a interrupção do sono e gerar fadiga, alterações de humor e perda de rendimento ao longo do dia. 

“De maneira geral, a incontinência urinária é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Contudo, isso não significa que os homens não possam ser acometidos pela doença. Apesar de ser mais comum após os 60 anos e exigir mais atenção e cuidados quando chegamos a essa faixa etária, até mesmo as crianças podem desenvolvê-la”, explicou o urologista.

A idade, porém, não é o único agente que aumenta o risco de surgimento da doença. Fatores externos como o tabagismo e o alcoolismo, e fatores internos como o diabetes, a obesidade, o aumento da próstata e a presença de doenças neurológicas, também podem ser facilitadores para a condição.

Outro ponto destacado por André Sá Earp foi a individualidade da doença. Ele explicou que existem variados tipos e os tratamentos e sintomas devem ser avaliados caso a caso com o auxílio de um especialista.

“A avaliação inicial da incontinência urinária inclui uma avaliação da história clínica do paciente , exame físico e um exame simples de urina. Também pode acontecer do médico pedir para o paciente fazer testes de força, como tossir ou espirrar, para identificar se há o escape de urina”, esclareceu o médico.

Abaixo estão listados os tipos mais comuns:

- Incontinência por esforço: ocorre, principalmente em mulheres ( 49% ) mas, pode ocorrer em homens que passaram por cirurgia de próstata. Nessa condição, a pessoa não controla o seu corpo e as perdas são tidas por meio de ações de esforço, que aumentam a pressão abdominal. Os escapes podem ocorrer, por exemplo, em simples atos cotidianos, como: um espirro, uma tosse, uma risada ou, até mesmo, mudança brusca de posição.

- Incontinência de urgência: sua causa é variada, podendo ser detectada na criança por uma disfunção miccional, em paciente diabéticos, mulheres na menopausa, doenças neurológicas ( Parkinson, por exemplo )e em pacientes com obstrução crônica de bexiga como pessoas portadoras de hiperplasia prostática. É também conhecida como bexiga hiperativa, gera uma vontade repentina de urinar, a ponto de muitas vezes o portador não conseguir chegar ao banheiro.

- Incontinência paradoxal ou por transbordamento: ocorre quando existe uma retenção urinária crônica que faz com que a bexiga se distenda exageradamente e acabe ocorrendo perdas urinárias por transbordamento. É encontrada em paciente com aumento da próstata que não permite o esvaziamento completo da bexiga e esse resíduo vai se acumulando e oba fase inicial o paciente  pode sentir que não esvazia e bexiga por completo e tardiamente tem apenas a perda urinária.

- Enurese noturna: é o tipo de incontinência que ocorre à noite, durante o período de sono. O portador tem perdas urinárias enquanto dorme. É mais frequente em crianças.

Por fim, o urologista lembra que a incontinência urinária masculina tem tratamento. Em casos mais leves, recomenda-se uma fisioterapia urinária para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, de modo que consigam segurar a urina, mudanças comportamentais como perda de peso, atividade física, dieta sem fatores irritativos da bexiga e em certos casos o uso de medicações. Já em casos mais graves, onde a perda de urina é mais frequente a intervenção cirúrgica pode surgir como uma opção. 

“Os homens têm uma resistência maior a cuidarem de sua saúde do que as mulheres, talvez por medo ou vergonha. Mas, é importante lembrar que quanto antes eles perceberem os sintomas, se informarem e buscarem um especialista, mas rápido e eficaz será o tratamento”, finalizou.



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