Superação: petropolitanas que se reinventaram para superar o desemprego e a crise provocada pela pandemia

Por Bruna Nazareth, com supervisão de Janaina do Carmo, Agenda News - Petrópolis

Publicado em 20/09/2021 15h36 - Atualizado em 20/09/2021 16h35

Superação: petropolitanas que se reinventaram para superar o desemprego e a crise provocada pela pandemia Solange de Almeida e Francisca Fernandez duas petropolitanas que se reinventaram/ Divulgação
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Se reinventar virou quase que um mantra neste momento de crise econômica. Com o desemprego em alta, a inflação batendo a porta e a renda do brasileiro cada vez menor, veio a busca por alternativas para conseguir pagar as contas e sustentar a casa. Dados do Sebrae mostram que em 2020, o Brasil atingiu o maior patamar de empreendedores iniciais dos últimos 20 anos, com aproximadamente 25% da população adulta envolvida na abertura de um novo negócio ou com um negócio com até 3,5 anos de atividade.

Para a cabeleireira Solange de Almeida, de 57 anos, que trocou as horas dentro do salão com cortes de cabelo pelos dias na cozinha, mexendo nas panelas e no calor do fogão a lenha, se reinventar foi uma questão de sobrevivência. Em março desse ano ela abriu seu próprio restaurante, ao lado de dois amigos, Aurélio Bernardo e Ana Lucas: o Sol do Vale, que fica no Vale das Videiras, em Araras.

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“Quando a pandemia começou, o salão que trabalho teve que fechar por causa da expansão do vírus e das medidas preventivas. No tempo que fiquei em casa, atendia algumas clientes, que às vezes também me pediam pra fazer algumas refeições”, contou Solange. “Aurélio deu a ideia e chamamos a Ana, que estava passando por dificuldades também. Investimos nosso próprio dinheiro para dar início ao restaurante”, disse.

Solange conta que nunca imaginou ter um restaurante, mas ressalta que se sente realizada. “Eu já trabalhei com muitas coisas em minha vida. Já pensei em ter algo próprio, mas não algo próprio de comida. Isso aconteceu por uma questão de sobrevivência. E hoje trabalho como cabeleireira e tenho o meu restaurante e me sinto realizada pelas minhas conquistas”, frisou Solange.

Equipe restaurante Sol do Vale: Ana Lucas, Solange de Almeida e Aurélio Bernardo. Foto: Divulgação

Abrir o próprio negócio depois de perder o emprego também foi a alternativa de Francisca Fernandez, de 42 anos. Durante 10 anos ela trabalhou na área de limpeza para uma empresa terceirizada no Hospital Santa Teresa (HST). Quando foi demitida e com as contas atrasadas ela decidiu mudar de vida.

“Algumas pessoas que conheço me incentivaram e me ajudaram no meu negócio de quentinhas. Peguei um dinheiro de uma faxina e investi nisso. Teve um momento em que também comecei a produzir salgadinhos para um bar de uma vizinha, onde minha comida começou a ficar bem reconhecida e que também fez com que eu fornecesse pra mais dois bares. O salgado foi o que me ajudou, pois como eu não tive um capital para começar, com o dinheiro dos salgados sustentava os custos da fabricação das quentinhas”, contou Francisca.

O Tempero da Fran – como chama seu negócio – completou três anos e em 2020 com a chegada da pandemia, quase fechou as portas. “Quando nós estávamos nos estabilizando, pagando todas as contas e até com um motoboy, veio a pandemia. E eu pensei em  desistir, pois caiu muito o movimento. Mas, um pouco depois começou essa questão do delivery e isso me incentivou a continuar”, disse. Atualmente, Francisca vende cerca de 40 a 60 quentinhas por dia. “É uma realização e apesar de todas as dificuldades estamos batalhando para sobreviver”, concluiu.



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