Canetas de emagrecimento: benefícios, limites e os perigos da automedicação
Por Redação, Agenda News
Publicado em 19/06/2025 00h24 - Atualizado em 19/06/2025 00h28

Por Redação, Agenda News
Publicado em 19/06/2025 00h24 - Atualizado em 19/06/2025 00h28
Entenda a importância do acompanhamento médico durante o tratamento
As “canetas de emagrecimento” vêm ganhando, cada vez mais, popularidade entre as pessoas que buscam pela perda de peso de maneira rápida e eficaz. Embora tenha sido desenvolvida para o tratamento do diabetes, estudos científicos robustos também comprovam sua eficácia no manejo da obesidade, sendo aprovada oficialmente para esta finalidade, por agências regulatórias como a FDA e a Anvisa. Tendo em vista a necessidade do acompanhamento clínico, médica explica os benefícios e limites da utilização, alertando para os perigos da automedicação.
De acordo com a Dra. Nathália Ventura, médica especializada em endocrinologia, os medicamentos são aplicados por via subcutânea e atuam diretamente nos hormônios relacionados ao controle do apetite, especialmente os receptores de GLP-1 (Peptídeo semelhante ao Glucagon tipo 1). Esse mecanismo promove a redução da fome, retarda o esvaziamento gástrico e aumenta a sensação de saciedade, facilitando o controle da ingestão calórica, contribuindo para a perda de peso.
“As substâncias mais populares são a liraglutida (Saxenda), semaglutida (Ozempic e Wegovy) e tirzepatida (Mounjaro), sendo a última, responsável por resultar na perda de até 22% do peso corporal, quando seguida por mudanças de hábito alimentar e prática de atividade física. As injeções melhoram o controle da glicemia, reduzindo o risco de complicações cardiovasculares”, destacou.
Estudos clínicos de grande porte, como os ensaios STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity) e SCALE (Satiety and Clinical Adiposity—Liraglutide Evidence), demonstraram de forma consistente a eficácia desses medicamentos na redução de peso em pacientes com obesidade ou sobrepeso, mesmo na ausência de diabetes. Já as principais diretrizes internacionais, como a Endocrine Society e American Diabetes Association, reconhecem o uso desses fármacos como parte do tratamento médico da obesidade.
Apesar dos resultados, nem todas as canetas são iguais, variando em potência, frequência de uso, efeitos colaterais e mecanismos de ação, que devem ser devidamente avaliados por um especialista. Segundo a médica, as canetas de emagrecimento não são indicadas para todas as pessoas, como pacientes que apresentam histórico de pancreatite, problemas renais graves, gestantes ou pessoas com alterações hormonais.
“O uso indiscriminado deste medicamento pode provocar sérios riscos, como hipoglicemia, perda de massa magra e efeitos gastrointestinais severos. Por isso, é importante que a pessoa entenda que o medicamento é um recurso auxiliar, que não substitui a dieta, o exercício e o cuidado emocional. Elas andam juntas, fazendo parte de um plano que gere resultados duradouros”, disse a Dra. Nathália Ventura.
O tratamento pode durar entre seis meses a dois anos, podendo ser estendido, diante de avaliação médica, seguida por exames, ajustes de dose e prevenção de carências nutricionais. “Procure um médico, tenha uma avaliação correta e personalizada, com o monitoramento da evolução, controlando e prevenindo os efeitos colaterais. Com o suporte adequado, os resultados poderão ser visíveis”, concluiu.
Para dicas sobre o assunto, a médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, com informações que priorizam a saúde, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente, perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por tratamento. Atendimentos clínicos também são realizados, nas clínicas localizadas em Duque de Caxias e Petrópolis.
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