Peça Com Maitê Proença movimenta o palco do Soberano em Itaipava

A peça
Com 60 minutos de duração e direção de Rodrigo Portella, a peça parte de histórias pessoais para falar de todas as histórias, na medida em que todos em algum momento, nos identificamos com o texto. Em cena, Maitê revisita histórias impactantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo o que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia e dos preconceitos enfrentados.

O livro
Os registros de Maitê Proença também foram base para a preparação de um livro, lançado simultaneamente à peça. A obra exigiu que a atriz voltasse a seus arquivos, recuperasse outros trechos e descortinasse novas reflexões e confidências. Fruto do espanto diante do mundo, “O pior de mim” parte da crença de que, como afirma a autora, “nossas histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante”. A capa é do multiartista e estilista Ronaldo Fraga, e o livro estará à venda no saguão do teatro, além de estar, também, nas livrarias. A edição do livro, em formato vira-vira, trará também o texto de “Uma vida inventada”, romance com elementos autobiográficos que a artista publicou em 2008 e que acompanha duas meninas em uma jornada de descobertas. Segundo Maitê, a narradora do “O pior de mim” é, na verdade, uma extensão amadurecida de uma das personagens de “Uma vida inventada”.

O diretor
Diretor e dramaturgo com 27 anos de carreira, Rodrigo Portella foi vencedor de inúmeros prêmios por seus trabalhos, dentre os quais, os prêmios Shell, Cesgranrio e APTR de Melhor Direção, Prix de la Critique (Montréal) em 2018/2019, Prêmios APCA (SP 2019) e APTR (Rio 2018. Nos últimos 10 anos, seus trabalhos integraram a programação dos maiores festivais de teatro do país e circularam por mais de 90 cidades no Brasil, Argentina, Equador, Chile, Alemanha e Canadá. Atualmente é professor do Curso Superior do Instituto Cal de Arte e Cultura e dedica-se ao doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

A autora e atriz
Após um ano de trabalho no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) do diretor Antunes Filho (1929-2019), em 1979, Maitê Proença estreou como atriz de televisão. De lá para cá tem vivido inúmeros personagens na telinha e na telona, bem como nos palcos, tendo ganho prêmios dos mais importantes, Melhor Atriz em diferentes festivais. Paralelamente ao seu trabalho cênico, Maitê tem se destacado como escritora. Em 2003, estreou na revista Época como cronista. Suas crônicas conquistaram o público por seu estilo franco, delicado e inteligente. Em 2005 lançou seu primeiro livro, Entre Ossos e a Escrita, que reuniu 50 crônicas publicadas na revista Época entre 2003 e 2004. Desde então, Maitê vem se dedicando ao seu trabalho como dramaturga. Irrequieta e sempre em busca de novas formas de expressão, em 2009, produziu, além de se envolver também na assistência de direção, da peça As Meninas. Com trabalhos quase ininterruptos na televisão, nos anos mais recentes, a atriz vem se dedicando ao teatro, tendo montado as peças “À beira do abismo me cresceram asas” e “A Mulher de Bath”. E agora, em 2022, estreia esta versão presencial da peça “O Pior de Mim” que, com certeza, junto com o livro, merece ser conferida. Os ingressos para os espetáculos de hoje ( sexta-feira) e de amanhã ( sábado), podem ser adquiridos no site do Sympla, a partir de R$100.

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